domingo, 19 de abril de 2009

Entrevista - Jesus pediu para sermos como Ele, já sabendo que não seria possível

Nesse sábado (18/04/2009), tive um bate papo com um pernambucano amante de arte, bom vinho e lembranças da Itália. Um cabra porreta! Defensor "fanático" do Náutico e de Chico Buarque de Holanda. Trabalhador madrugador, apreciador do velho e bom tempero nordestino e um rigoroso crítico da nova geração, a qual de acordo com ele, não aproveita as facilidades modernas para sairem do atrofiamento cultural crescente.
"Teclamos" sobre espiritualidade e impressões sobre temas relacionados. Um papo sem intenção de proselitismo, ou até de apologética, apenas um papo. Livre de indicações de certo ou errado. Com qual finalidade? De entendermos pessoas que pensam diferentes de nós, do porque elas pensarem assim. Utilidade disso? Informação! Cada um faz o que quer com a informação que recebe, então leitor, APROVEITE!

Eu quero bater um papo, pro meu blog atual (http://manoelivia.blogspot.com), quero falar sobre religiosidade, topas? 
Hummm... Sobre religião topo, mas sou bem mais ponderado, mas rola também.
Ok. Nesse papo, eu eu irei sintetizar, e depois postar um resumo. (acabei decidindo postar na íntegra) fique tranquilo, seja sincero. É bom as pessoas debaterem, com paz e respeito claro. (risos) Posso começar? 
Pode. Faça um bate bola. 
É isso mesmo. Ou  quase. (risos - acabei fazendo algo bem diferente de um "bate bola") Vamos lá. Vamos. 
Idade, formação e data de nascimento? 
40 anos, segundo grau, 20 de junho. 
De que ano???? 
Pow!! Se é 40 anos, só pode ser 1969. (risos)
(risos) Desculpe. 
Manda ver! Depois você edita. (vai nessa que vou editar - risos)
Você tem religião? 
Atualmente não. 
Você acredita em Deus? 
Acredito. 
Você acha que o papel da religião hoje é importante ou necessário para o individuo ou para a sociedade? 
Tenho convicção que para os dois. Não entendo o mundo sem religião.
Em suas impressões e opnião, o que ocorre após a morte? 
Depende do que você quer saber. 
Vida após a morte. Na sua opnião, o que ocorre com a nossa alma/espírito, quando morremos? 
Não acho que exista a morte, o que existe é uma metamorfose. 
Uau! Como é isso? 
Se pode atirar num homem, se pode esfaquear um homem, no físico dele, no abdomen por exemplo. Mas não se pode atirar nas virtudes e na saudade ou até mesmo no amor. São abstratos. 
Concordo. (que saudade e amor sejam abstratos) Apesar de que o sofrimento e outras questões, podem mudar essa parte abstrata ou se não mudar, esconder, enfraquecer. Mas continue, como seria essa metamorfose? 
Deixo logo claro que não sou "espírita". Algums episódios me levaram a crêr que o homem não é só matéria física e que é possivel certo "contato" ou "manifestação", como queiram. Após a "morte", também conhecida como POSTMORTEN. Acredito que haja outros sentidos "POSTMORTEN". Sonhos por exemplo, tive experiências de avisos através de sonhos, sem sequer ser espírita, sem o menor interesse de causar turbulência nas opiniões.
Ok. Mas ainda não entendi o conceito de metamorfose. 
METAMORFOSE, entenda-se de que pela minha ótica, TODO O INDIVÍDUO, por mais perverso que seja, tem em seu âmago algo de bom a doar a sociedade. Seja nesse ou naquele momento de existência.  
Posso sugerir uma coisa? Coisa que já fiz para outros fins. As respostas que você quer, depende de suas perguntas. (Nesse momento ele estava me direcionando, para que eu fosse mais objetivo nas perguntas)
Como assim? 
É uma sugestão para que você prospere, absorva mais informação. Na sua pergunta, deve ter a própria resposta ou até polêmica. É uma arte. 
(risos) Entendi, você quer que eu o indusa a uma resposta? 
Já fiz trabalho, acredite, com drogados e prostitutas. Não é induzir. 
Sugerir. (risos) 
É saber perguntar o que eles sabem responder bem. Você em pouco tempo, já me conhece bem melhor do que o pessoal que trabalha comigo, use isso a seu favor. 
Então, mas isso se faz como tratamento, como forma de sugestão não manipulada, mas com sentido de levar a alguma verdade. O que estou tentando fazer contigo é uma entrevista, como se eu fosse um jornalista sem partido, e por isso, eu estou pedindo conceitos, pois não tenho intenção de proselitismo entende? Quero de fato, conhecer o entrevistado. 
Sua pergunta NOTA DEZ: Você acredita em Deus? Essa começou bem. 
Posso ser menos conceitual sim. (risos) 
Aprenda meu caro, mesmo sem ter a intenção você deve ter certa malícia nas perguntas. Essa é a arte. Creia. 
Ok. (risos) 
Estou te falando isso porque estou sendo sincero. 
Eu gosto da sua sinceridade. Estou sendo chato né? (risos) 
De qualquer forma continue, está de bom nível. Chato não, chato sou eu. Você tem potencial. Seja contundente nos questionamentos, não é voce, é o povo que quer saber. 
Você acredita na crença cristã sobre Jesus?  
Piamente! 
Mas um dia, você me disse que o "amai-vos uns aos outros", era digamos, UTÓPICO. Com isso, eu pergunto: Apesar de acreditar que o Filho de Deus esteve andando como homem na terra, o que Ele veio ensinar não dá pra ser seguido pela humanidade? 
Ele veio ensinar e passou muito bem a mensagem. O problema é que ele se igualou demais conosco, somos meros mortais. 
Mas a mensagem não é justamente essa? De que ele se fazendo como nós, meros mortais, pôde fazer o bem e que por isso, também conseguiríamos, ou você acha que na verdade, Ele não era tão humano assim? 
Jesus é sem comentários. É fonte de vida e exemplo. Não se pode traçar esse paralelo. Pediu sabendo que não era possível. 
(risos) Essa foi uma resposta polêmica. Sabe disso? Vou postar isso e vai dar o que falar. 
É o que eu acho. Ele já sabia disso. 
Toda a contrução doutrinária do cristianismo, em todas as suas vertentes: catolicismo ou protestantismo, diz que devemos ser como Jesus, porque é possível. E que Ele se fez como nós, homens, justamente para mostrar e provar isso. 
O segredo está na pergunta. 
(risos) Você acredita em milagres? 
Não. Acredito na transformação. 
Então, você está falando, auto sugestão de cura? Poder da mente? É isso? Jesus não curou ninguem com os milagres narrados pela Bíblia? 
Essa foi uma excelente pergunta. 
Então me dê uma excelente resposta. (risos) 
Eu, particularmente, acredito nos milagres de Jesus. Pois aquelas pessoas queriam ser curadas e estavam do lado da pessoa certa. E queriam ser curadas. Jesus ou Deus, como queira, não dá aquilo ou isso, dá sim a oportunidade. 
Você acredita na política do fazer por merecer? Em relação a Deus.
Acredito e sou seguidor. De todas as coisas da vida que eu queria ou quero, digo sempre que Deus já meu deu, eu que não vi. Deus dá bem mais do que nós precisamos. 
Sim, Ele é Ambundante. Prosseguindo, você não reconhece então, nenhum tipo de sacerdote né? Digo padre ou pastor? 
Reconheço sim. Há pessoas, na minha opinião, que são bem mais próximas de Deus. Bem mais próximas em relação a mim. Não sou tão esculachado assim. (risos) 
E isso lhes autorga algum tipo de credencial? Ou até, digamos, maior acesso "à Deus? Porquê? Por que Deus destingue as pessoas assim? 
Isso é outra coisa, acima de mim não reconheço nenhuma autoridade nesse sentido, senão DEUS. Ele me fala aos ouvidos sempre e, não, de minha parte (crença) motivo de não segui-lo. Deus é coisa que se sente. Nem é necessário aceditar nela tamanha a grandeza. 
"Há pessoas, na minha opinião, que são bem mais próximas de Deus" O que quis dizer com isso? 
Certos "espíritas" são bem mais próximos a Ele. 
Você acredita em mediunidade é isso? 
Não é uma questão de acreditar, é uma questão de viver a coisa. Exemplos na vida entende? Dia-a-dia. 
Você conhece alguns? 
Sim. 
Que religião eles professam? Se é que eles usam o termo religião. 
Eles não usam esse termo: RELIGIÃO. Pelo menos, não comigo. Eles sequer falam em Religião.
E como demonstram a mediunidade? Por revelações?  
Eles não revelam nada, eu é que tenho algumas experiências na vida e conto à eles. 
Mas como você percebe esse estreitamento deles para com Deus? Se eles não falam em religião e nem demonstram? como sente isso? 
Deus na verdade não é assunto nesse caso, pois não precisa. Eles sabem quem é o COMANDANTE. As experiências são trocadas apenas, não há uma coisa de testemunho OBRIGATÓRIO. Entende? Eu também não sou seguidor, mas respeito. Assim como respeito a sua fé. 
Você se considera ecumênico? 
É o que eu mais me considero, um ecumênico. RESPEITO TUDO, mas tenho, sou certo disso, forte influência AFRO. 
Você acredita que seja filho de santo/orixá? ogum, oxum? 
Não. Não sou detentor de tal graça.  
São os próprios santos/orixás que escolhem seus filhos? 
(risos) Você é ótimo!  
(risos) Não, sou curioso! 
Santos e orixás são apenas forças da natureza, mas são forças do bem. Estou aqui para serví-lo. Havia grande disfunçao em relação a NOSSA SENHORA ARARECIDA há uns 2 séculos atrás. 
Que disfunção? 
Os senhores de engenho, pela cor entende? 
Humm.. Entendi. 
Pergunta assim porra: VOCÊ É ATEU? (risos)
Você já me disse antes que cria em Deus, então já sei que não é. 
ESSE SEU BLOG VAI BOMBAR!! 
E falando em Maria, as suas aparições: em Fátima, em Lourdes, você acredita? 
Isso é um ponto interrogação. Você agora tocou num ponto muito interessante. HÁ RESSALVAS! Não creio não. Creio sim, em esterias coletivas. 
HUMM... Sabes que se o blog for lido pelos italianos, (risos) serás massacrado ao pisar lá, pois mais católico que a itália, só o vaticano. (risos) 
Não tô nem ai! 
Quer chamar católico pra briga, basta falar de Maria. (risos) 
Nunca fui italiano. (risos) Mas não faltei com respeito em nenhum momento, e nem falamos dos "segredos". (risos) 
(risos) Sim, estou só polemizando. Já que pediu questionamentos mais diretos, me diga: Já frenquentou o candoblé? 
Nunca mais frequentei e também quando frequentei, foi por uma questão de credibilidade e sim de emoção. Você quer saber se sou catimbozeiro? 
(risos) Não era isso, mas é??? 
Sou diferente, admiro o catimbó, admiro o crente efervescente, admiro tudo. 
Quanto a incorporação ocorrida no candoblé, você crê? Que os guias realmente incorporam e que ajudam seus "cavalos"?? 
Pego tudo de bom prá mim, deles. Na verdade, eu AMO VOCÊS. 
(risos) Acredita na psicografia de Chico Xavier?
Hummmmm. Você quando quer faz boas perguntas... Tá ficando inteligente. Qual é a sua: têm medo de morrer? (risos) Estou brincando, você é um espírito iluminado, fique tranquilo. 
(risos) Não sou não! Mas me responda sobre o chico xavier. 
Deixa eu te responder. O Chico... Eu sou a pessoa certa prá responder sobre o XAVIER? 
Hum.. Não. Definitivamente não é. Mas esse é o ponto. Meu interesse em saber a opnião de pessoas que não estão inseridas em determinados assuntos, quais são suas impressões sobre os mesmos, pois, é assim que se forma os conceitos ou pré-conceitos sociais, com impressões. Então, não fuja. Diga lá. 
NÃO PREFERE FALAR SOBRE O "BUARQUE"? (risos) 
(risos) Você prefere, eu não. Está fugindo demais, estou ficando desconfiado. Diga lá. 
Hummmm... Está ficando desconfiado? Então estamos no caminha certo. Sim, existe. Há um laço forte que o ser humano não conseguiu quebrar, o sentimento. 
As transcrições de Xavier são autênticas? Ou seja, dos falecidos que ele afirma incorporar? Ou são energias metafísicas que ficam no ar quando a pessoa se vai? 
Isso tudo depende do grau de convivência de cada individuo, de cada experiência. 
Queria uma resposta direta. São espíritos? Dos mortos? 
Hummm... Reformule a sua pergunte, pois você já acredita. O que você quer saber? 
Se você acredita que os espíritos dos mortos se comunicam com os vivos. Digo ESPÍRITOS, e não energias ou sentimentos ou memórias que ficam no ar. 
Se há vida após o PARTO? FICAM SIM. HÁ ENERGIAS. 
Então não são espíritos, ou seja, as pessoas desencarnadas? 
Eu particularmente, acho que há comunicaçãoes, via sentimentos, via sonhos, essas coisas. 
Mas o que ocorre quando o cara morre (ou metamorfoseia)? Vira sentimentos? Não há um lugar?? Uma existência mais concreta que essa fumaça energética sentimental? 
Hummm... Você agora soube fazer a perguna. A matéria morre, desfalece, apodrece. Os sentimemtos variam.
Ou seja, você não crê em paraíso e inferno, reencarnação ou nada disso não é? 
Amanhã continuamos. 
(risos) Ok. Mas já irei publicar hoje, esse nosso primeiro papo.

(risos) Puxa! O papo foi grande! E olha que paramos no meio!! COMENTEM!!!!

14 comentários:

Anônimo disse...

Vocês são muito enrolados .. parece mais que querem duelar seus conhecimentos do que discertar sobre o assunto rsrs porém o tema é interessante e o entrevistado apesar de meio contraditório tem discertações interessantes.. estou na espectativa de como será o final desse bate papo rsrs
Beijos

Anônimo disse...

Também sou desses que respeita tudo e acredita que todos tem algo para transmitir.

Agora digo uma coisa, não é possível entrar em consenso sobre visão religiosa, cada pessoa foi criada de uma maneira e essa criação determina o modo singular de construir os pensamentos. O único consenso que vejo é que não existe consenso, mas a realidade é a mesma para todas as pessoas, o que muda é a forma que vemos a realidade.

Achei bacana a entrevista, é sempre bom poder aprender outros pontos de vista sobre esse tema que é tão abstrato.
Abraço

Antonio Mano disse...

Realmente, consenso é algo difícil de existir quando o tema for visão religiosa.
Por motivos que vão muito além da percepção do mundo pelo indivíduo, motivos que estão estacados nos dogmas e fundamentos de cada religião. Dizer que a realidade é a mesma para todas as pessoas, e que o que muda é a penas a forma que as pessoas veem a realidade, é reduzir a religião, a uma espécie de clube de simpatizantes. Pois, tais realidades na verdade, conflitam entre si. Por exemplo: Na visão evangélica, só existem dois tipos de seres espirituais que se comunicam com os homens, demônios e anjos. Na visão católica, pessoas santas também podem fazer aparições. Na visão cardecista, a gama se estende para pessoas que desencarnaram.
Por isso é importante conversarmos, não com intuíto de consenso. Isso é quase impossível. Mas com intenção de respeito, de amor, de servir.
Seria hipocrisia minha, dizer que o sentimento de proselitismo não existe neste blog. Mas existe também, o respeito, a aceitação e tolerância ao nível máximo, que é o nível de Cristo Jesus.
O qual é posto aqui por mim, como caminho de conversão e salvação das almas. E aqui, não me refiro a religiões, nem o cristianismo católico, nem o cristianismo evangélico. Estou falando de Jesus Cristo. E isto, não é ecumenismo, é o oposto disto.

Rahel Lehenbauer disse...

Resolvi escrever por aqui também um pouco, opinando sobre a entrevista.

Em termos religiosos, o que posso falar de mais óbvio é que as respostas são sincréticas.


Achei importante você reconhecer nos comentários finais que há um sentimento de proselitismo. Um passo importante esse.

Achei interessante que você afirma que não tem intuito em consenso. O que define a sua linha divisória: entre ter interesse por consenso (proselitismo) e ao mesmo não ter o intuito, afinal, de certa forma, ainda há quem acredite que a unanimidade seja burra.

Eu até que aceito que existem unanimidades burras, mas não aceito dizer que TODA unanimidade seja burra. Isso seria negar o consenso e a possibilidade de dizer que Jesus possa vir a ser unânime e absoluto. Nesse caso eu quase diria o contrário: a falta de unidade e unanimidade é que é burra. rs


A entrevista é, portanto, deveras interessante mas concordo pouco com o entrevistado, especialmente porque não professo a mesma fé... mas respeito essa desconexão, afinal, fica claro que partimos de fontes diferentes de alimentação da nossa fé. No mais, em alguma colocações não consegui sequer entender o que ele forneceu como resposta, ou seja, sequer consegui compreender uma resposta direta, clara e objetiva para respeitar ou não... infelizmente.


A frase mais polêmica dele, ou que você parece considerar polêmica, já conversamos, isoladamente eu concordo; mas por motivos completamente diferentes e acho que aí, a soteriologia do entrevistado também se perde um pouco na forma como ele vê Jesus. Mas como disse, é uma questão de fonte e de como se compreende a fonte de informações sobre Jesus: é um livor histórico bonito cheio de fantasias e algumas verdades? É um livro bonito com histórias de um grande mestra? É uma revelação do amor de Deus pela humanidade a qual ele está salvando se dando como sacrifício em favor de todos através de Jesus?



Aguardo a sequência da conversa para opinar mais um pouco... ou não. Veremos.


(...)
Parabéns pelo blog.
(...)
Dunga vi nada igual!

Antonio Mano disse...

Grande Rahel...
Engraçado, esse ditado: "A unanimidade é burra"... pensando agora.. não conheço nenhuma unanimidade, que exista, ou que já tenha ocorrido, refiro-me a algum fato histórico mesmo. Sendo assim, de onde veio esse dito??
Já até conversei com o entrevistado depois do post, e ele mesmo reconheceu que vagueou em muito nas suas respostas. Ele receiou que fosse ser julgado em suas declarações e até, sentiu um certo pesar caso suas palavras fossem representar algum segmento. Já o alertei, que o papo é individual, que as declarações dele, serão relacionadas somente a ele. O que já nos fez acordar que o próximo papo será bem mais inteligível, da minha parte e da dele.

(...)
Obrigado pelo comentário, que como sempre, estão dan-Dunga-o que falar.

Rahel Lehenbauer disse...

Pelo que sei, "toda unanimidade é burra" é frase de Nelson Rodrigues. Um provocador incomparável que também com essa frase provoca: veja que se as pessoas começarem a concordar demais com essa idéia, em pouco provariam do próprio veneno: sua unanimidade sobre a afirmação confirmaria a burrice do povo que unanimemente concorda com ela. rs


A frase certamente não trata de macro-unanimidades mas de todo tipo de busca por consenso entre dois, três, quatro ou quatrocentos mil seres... por isso ela parece colocar em cheque quem busca por consenso ou unanimidades.

Na minha opinião, a frase não apenas provoca mas é, por si só, burra. Como expliquei, certas unanimidades são burras, mas daí depreender que toda unanimidade seja burra é outra coisa.

É como a autoridade de Deus.
Há que quem argumente que o absolutismo cristão referente à Deus é apenas uma forma de poder. Depreenderam essa idéia do fato de que o absolutismo em geral é uma forma de exercer poder e domínio sobre outros. Temos então uma "verdade" do pós-modernismo relativista repetida por aí:

- o absolutismo é apenas uma forma de poder e domínio;

Mas como cristão eu vejo que isso é verdade, mas daí dizer que TODO absolutismo seja uma forma de poder e domínio é tão radical que a própria afirmação tem cunho absolutista - se auto-elimindando, portanto. Capiche?!

Por isso digo a essas pessoas que vejo que Jesus é mais libertador do que as pessoas geralmente pensam.


(...)
Se meus comentário deram o que falar, o que posso dizer?

Dunga-tire a primeira pedra.

Antonio Mano disse...

O que contribui para algumas pessoas não perceberem a liberdade em Jesus, é que Ele não negocia, não permite margens, sequer cogita um "se", isto é absolutismo total.

Mas o grande lance é: Ele é inflexível em suas mensagens e ações, não por, despóticamente, disseminar seus ensinos, mas sim, pela literalidade de ser quem dizia ser.

Ouvindo outro dia, um dos "bons malucos" atuais, em um video antigo, onde ele ainda não era tão maluco assim, e por isso, mais digestivo, ele dizia que, se Jesus não fosse realmente quem dizia ser, Ele seria o maior megalomaníaco da história do planeta Terra, pois, como eu já disse, Ele não dava margens, ele era muito enfático ao se definir: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida", "Nínguém vem ao Pai, senão por mim", "Eu sou o pão da vida".

Caramba! Eu já me peguei, tendo um certo compadecimento pelos fariseus, pois, se hoje existem muitas pessoas que não conseguem conceber tudo isso, e convenhamos, até para nós é um exercício de fé, que é testificado apenas em espírito, por isso, a atribuição ao Espírito Santo do convecimento, pois é algo revelado, não apenas ensinado. Imagine então, para a tradicionalidade judaica, que não se permitia, mesmo que pela força do afeto ou outro sentimento, algum deles ser chamado de filho do D-us de Abraão, Izaque e Jacó!?

A obra salvífica do calvário, não corrobora com nenhuma outra orientação religiosa, seja do ciclo de reencarnação, seja da evolução altruísta através das obras, seja até, a conformação em relação ao karma.

Voltando ao pregador, que chamei de "maluco dos bons", ele disse outra coisa interessante. Ele sugeriu que se algum desses "dispositivos" que eu listei acima, fossem capaz de salvar a humanidade, de forma alguma, Deus enviaria seu Filho, para padecer por nós. Isso tornaria Deus um sádico, e com certeza, não seria nada UNÂNIME, pois se essa não fosse a única forma, Jesus não seria comparado a um cordeiro calado, mas sim, a um bode esperneante, e de certo, não concordaria. (puxa vida, quantas elocubrações.. risos)

É por essas e outras, que o consenso inter-religioso, beira a utopia, pois na mentalidade não-cristã, para Jesus ser Quem é, suas construções de fé, teriam que ser demolidas. Pois como eu disse, Jesus não negocia, é "absolutista" total.

(...)

Tem um livro, o grande mentecápito,
acho que é isso, que o protagonista, diz essa frase e acaba levan-Dunga-pedrada.

Claudia Freitas disse...

mesmo não querendo, mano pareceu bem proselitista hahahahahah


Gostei da entrevista, mas o entrevistado mais pareceu filósofo de boteco =) não q isso seja ruim, mas não acho que ele tenha opinião formada sobre qualquer coisa em relação à religião.

Rahel Lehenbauer disse...

Bem...
... talvez o entrevistado tenha opinião formada mas nessa entrevista isso não ficou claro. Ele escapou pela tangente ao invés de se comprometer com respostas, e até perguntou ao invés de responder. Fica difícil de avaliar algo mais.

Nas respostas mais diretas, onde houve certo comprometimento, acho que os conceitos básicos são muito diferentes e até mesmo as definições, por exemplo:
- ser ecumênico não me parece ser a mesma coisa que "respeitar tudo". A definição de ecumenismo engloba respeito mas não é respeito a tudo, não. "Respeito a tudo" no sentido de ser ecumênico tem mais a ver com o conceito de unionismo segundo preconizado pelos movimentos da "Nova Era".


(...)

O que contribui para algumas pessoas não perceberam a liberdade que Jesus oferece, enter tantas coisas, eu enumero:

1. a igreja, que julga demais ao invés de estender a mão e a graça de Deus;

2. os crentes que se portam individualmente assim também;

3. a leitura que geralmente se faz dos ensinamentos de Jesus antecedem a obra principal dele colocando as obras na frente da salvação, ou seja, invertemos as coisas: é preciso seguir Jesus para ser salvo ao invés de sigo porque fui salvo. Essa leitura ofusca Jesus como o "Eu sou" que ele afirma ser.


Em parte, Ele não apenas é absoluto por de sua condição como Deus, mas é também absoluto por causa da nossa condição como pecadores. O que falei sobre ver Jesus como mestre e salvador precisa ser aplicado sempre. Veja a parábola do "Bom Samaritano":

- geralmente ouve-se que devemos ser como o "Bom Samaritano", a parábola então é sobre nós;

- mas podemos olhar a parábola como sendo à respeito de Jesus. Ele então é o "bom Samaritano" e nós estamos à beira da estrada, sem condições de levantar por nossas próprias forças.

É claro que dessa segunda opção também traz um exemplo sobre como podemos (devemos) agir. Mas antes, ressalta a nossa condição absolutamente espancados, e a condição de Jesus de absolutamente salvador.

Mais uma vez, a grande diferença do cristianismo para outras religiões se encontra no absolutismo da cruz. Afinal, enquanto outros deuses exigem que você faça alguma coisa por si, pelos outros e por ele mesmo, Jesus se coloca como o único caminho cujo sacrifício salva. Ele se faz absoluto para nos salvar absolutamente, sem exigir nada em troca, pois estamos à beira da estrada sem condições e forças para fazer algo por nós mesmos... embora muitos prefiram tentar se agarrar em suas boas atitudes.



(...)

Essa coisa do Dunga já está me deixando mentecapto. Fico pensando, pensando e não encontro nada que seja Dunga-pricho para usar. Daqui a pouco desisto.

Antonio Mano disse...

Essa do papo de boteco foi boa, o pior é que estávamos sóbrios. (risos)

"é preciso seguir Jesus para ser salvo ao invés de sigo porque fui salvo."
Aqui encontramos um contraponto, pois seguir a Jesus para ser salvo, arremete a encontrar a salvação no caminho. Seja pelo caminho em si, ou pelo que se faz no caminho, ou seja, através de obras ou méritos nosso, o que já concordamos ser impossível.
Me oriente se entendi errado.

(...)
Como dizia o título de um dos primeiros filmes do "brucutu" Van Dame: Desistir Dunga, Render-se Jamais.

Rahel Lehenbauer disse...

Quase esgotando o assunto na minha cabeça... rs.


O que quis dizer com a frase é que "seguir Jesus para ser salvo" significa, no contexto que escrevi, se apegar às obras, ou seja, ver Jesus como um mestre e um exemplo a ser seguido para encontrar a salvação. Ou seja, uma visão anti-bíblica e anti-calvário, em que as obras salvam e não o sacrifício de Jesus.

Por isso, do outro lado está "ser salvo e então segui-lo", ou seja, a partir do momento que acordo e recebo a mensagem de que um "Bom Samaritano" me resgatou da beira da estrada, de uma condição que me levava à morte, e pagou completamente pelo meu tratamento, e agora eu estou salvo, então me sinto motivado a conhecê-lo e segui-lo... porque Deus me amou primeiro.


(...)

BAH (sim, sou gaúcho mas não sou bairrista e não tenho orgulho do pseudo-separatismo que ainda reina por lá)

Van Dame?
... esse cara é Dunga-ncho de esquerda "felomenal"! Não?

Antonio Mano disse...

Hehehe...
Na verdade, o assunto original do post já se esgotou há muito tempo, ou não né!?

Mas eu agradeço, pois os seus comentários enriqueceram o post.

(...)
Agora... (risos)... brincando com a imaginação e misturando filmes: Imagine o Van Dame fazendo espacate pra se alistar no BOPE!!! Dunga serão!!

Claudia Freitas disse...

ave maria precisa de um post só do Rahel

Antonio Mano disse...

KKKKKKKKKKKKKK

Ave Jesus!!!!
Claudinha foi sagaz agora.. rs.. mas não diga isso.. pois pode inibi-lo.. e a alegria de todo blogueiro é quando ocorrem muitos comentários em seus posts!!