domingo, 28 de novembro de 2010

Quebrando paradigmas da Igreja

O texto abaixo é um artigo publicado no site irmãos.com que foi "copiado na cara dura" pelo blog crentassos, onde aqui, nós reverberamos!!

"Reuniões para louvor e cânticos, muito embora justificadas pelo Novo Testamento, eram, entretanto, um parêntesis na vida de serviço sacerdotal da Igreja no mundo, e não a totalidade de sua dedicação a Deus. Os cristãos não prescindem dos grandes ajuntamentos para louvor e edificação… mas a celebração não encerra a totalidade da vivência da fé, sendo, de fato, apenas uma de suas partes… sendo inclusive muito reducionista do amplo sentido de servir a Deus.

A igreja de Jesus é, portanto, desafiada pelo Novo Testamento, a viver além dos limites do templo, do domingo, do culto e do clero. Muito provavelmente nada disso seja novidade. O problema é que nossa prática eclesiástica não acompanha nossa lucidez teológica... a igreja não se vê mais como um instrumento nas mãos de Deus para “fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão no céu quanto as que estão na terra” (Efésios 1.10). Isto é, a igreja perde o sentido de missão, pois se o Senhor Jesus quer exercer sua autoridade no universo criado por meio da igreja, ela não pode permanecer intra-muros... O maior desafio pastoral contemporâneo é pegar os cristãos reunidos no templo, no domingo, para o culto onde o clero desempenha sua performance, e despejá-los na segunda-feira para a vivência da fé, onde quer que se encontrem. Deixar que a igreja se compreenda como “comunidade reunida para o culto” é uma completa distorção dos propósitos de Deus. "
Ed René Kivitz

[REVERBERADO]

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Podcast Irmãos.com - Vida de Farmacêutico


Saiu o novo podcast dos Irmãos.com!
Neste podcast, Adriana Degaspari recebe Paulinho Degaspari, Marcelo Mathias e uma porção de ouvintes convidados (inclusive eu :D) num programa só dela para bater um papo sobre a vida de farmacêutico.

Exatamente, no minuto 23 aos 23 segundos (e postando no dia 23!!! Uau!! Será um sinal??? rsrsrs), eu faço a minha participação com uma pergunta.

Faz tempo que não reverbero o podcast dos irmãos.com aqui no blog. Depois vou fazer uma listagem de todos que deixei passar e publico.

(Duração: 01:07:23)

[REVERBERADO]

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Assustador

A reverberação a seguir vem com muita indignação (se me permitem) e tristeza, pois é um retrato do preconceito, do conflito de classes e principalmente, do pensamento hegemonico da classe dominante.
A frase de Luiz Carlos Prates “comentarista” da Globo de Santa Catarina: "Qualquer miserável agora tem carro", quão assustadora é, e ele ainda segue despejando suas análises preconceituosas... veja o vídeo, assuste-se por favor:



Paulo Henrique Amorim: "O preconceito é a doença infantil do racismo".

Agora antes de tirar a CNH e comprar um carro, vamos primeiro aumentar o nosso arcabouço intelectual e literário, e ainda, resolver as pendências matrimoniais (afinal, só os pobre as teem.. não é?), como diz a propaganda de seguro: De repente, você sai pra passear e vai que ... te falta um seguro?! Não, não... te falta um livro e um casamento estável é claro !!!
Ironias a parte, a palavra que mais se encaixa com o vídeo, além de preconceito é Xenofobia social!!!

Pronto desabafei... fui

O diálogo cristão deve ser o diálogo humano.

Imaginar a humanidade despida de crenças é tão complicado quanto imagina-la conciliando todas as crenças.

O discurso cristão de que pessoas de outras crenças pertencem a uma classe diferente da classe das pessoas de crença cristã, há muito tempo não possui sustentação para ser reverberado.
O verdadeiro entendimento cristão sobre o ser humano é de igualdade. Desde o nascimento até o inalterável padecer do corpo. A crença cristã garante que o Cristo veio para reconciliar Deus com o mundo, abrangendo assim, todos aqueles que nele habitam. Mesmo que exista um fator condicionador para tal reconciliação, a fé, o sacrifício soteriológico é destinado a toda a humanidade.
O diálogo entre as religiões devem buscar um caminho racional, onde até a crença na inexistência divina (ateísmo clássico), deve ser compreendida como uma manifestação natural do entendimento (ou da falta dele) humano para o que entendemos como não-material e ou espiritual.
Por milênios os cristãos se ocuparam na defesa do indefensável. A racionalização e exposição de sua fé.
Sugerir que outros creiam em seus dogmas, os quais são construídos de formas únicas por indivíduo, relacionados principalmente, a fatores culturais, é tão insensato quanto sugerir que os que crêem, o fazem por razões sugestivas da alma humana, como o medo e a ignorância.
A fala cristã deve ser detida pela vivência cristã. A boa nova de Jesus deve ser mais que pregada, deve ser compartilhada de forma simples, contínua e natural, tal qual o ato de respirar. Onde o descrente, não mais deve ser coagido a corroborar com a cosmovisão cristã, mas sim, embriagado pelos aromas dos frutos do Espírito que existem naqueles que compartilham não apenas suas crenças, mas suas vidas. A pregação cristã deve ser solidificada em Amor, ação de justiça e entrega. Essas ações não mais devem ser condicionadas à receptividade da fé cristã. 
Mesmo que se corra o risco do descrente atribuir os valores positivos vistos para a natureza humana, o homem enquanto cristão, sabe que ainda que ele pleiteie isso, não pode gozar plenamente de um mérito que não lhe pertença, mesmo que em suas ações, ele desvie-se do caminho cristão, e exiba tais feitos como oriundos dele próprio, sua alma garante-lhe o fel do saber.

[descrente - leia-se que crê diferente, ou simplesmente, que não crê. Por tanto, o termo não carrega pejoratividade, uma vez que o objeto da descrença é o objeto da crença do cristianismo, o Cristo.]