sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A sede e a Água


Mano! A sede desse povo não é sede de água não! É sede de Jesus mesmo!

Certa vez, Jesus encontrou uma mulher tirando água de um poço. Sem pudor social ou constrangimento cultural algum, Ele pediu que ela lhe desse de beber. Após ser indagado em algumas questões menores, Ele afirmo à mulher que se ela soubesse quem Ele era, seria ela quem lhe pediria água e Ele lhe daria água viva (água corrente). Ela mais uma vez lhe questiona, pois como Ele poderia lhe oferecer água corrente (água viva), se não tinha condições nem de tirar água daquele poço fundo ao qual estavam próximos. Ela chegou a provoca-Lo perguntando se Ele era maior que o patriarca que construira aquele poço. Foi então que Jesus arrematou a conversa afirmando que todos que bebessem da água daquele poço, tornariam a ter sede, mas os que bebessem da água que Ele estava oferecendo, nunca mais teriam sede novamente.

Sempre quando pensei em missões às pessoas carentes, imaginei que o fator principal de auxílio viria a ser a construção da cidadania do indivíduo através de educação e cursos profissionalizantes, assim como assistência social básica imediata(alimentação).

Em Caruaru, cheguei imaginando encontrar logo na chegada, pessoas carentes de sede, pão, educação e cultura. Surpreendi-me ao ver que a cidade está numa crescente econômica e que já não há (se é que houve) pessoas paupérrimas ali. Logo, meu amigo-guia Fábio, foi me explicando como o comércio está se tornando forte e como isso tem gerado emprego e renda, não só local, mas também nos distritos mais próximos da cidade de Caruaru. Ele me informou que existem sim distritos rurais um pouco mais afastados, que são carentes do básico que a constituinte brasileira determina, gente sofrida dependente da bolsa família e de doações esporádicas.
Antes que eu perguntasse alguma outra coisa, ele me disse como que tentando me acordar de um sono leve: "Mano, a sede desse povo não é sede de água não! É sede de Jesus mesmo!" Percebi que meu pensamento inicial estava errado. Percebi que mesmo com a prosperidade financeira, sem Cristo, não adianta muito à alma do ser humano não mais passar fome. É óbvio que a caridade deve continuar sendo exercida. Que o trabalho volutário para a capacitação de pessoas abandonadas pelo Estado deve ser incentivado. Mas sem o Evangelho, tudo isso não passa de um verniz temporal, literalmente um sepulcro caiado. Se antes, na miséria e sem Cristo, os problema do sertanejo eram fome, sede, educação e cultura, agora, sem miséria e sem Cristo, os problemas são alcoolismo, prostituição, mortes, assaltos e todas essas mazelas que já vemos nas cidades metropolitanas e região. Tanto tempo convivendo com isso e eu nunca tinha me atentado! Temos que levar Cristo às pessoas! Isso não nos impede de levarmos pão e água, pelo contrário, isso nos motiva a também levarmos isso. Mas temos que levar como principal presente, o Evangelho de Jesus Cristo à estas pessoas sofridas, leva-lo não como uma troca, em hipótese alguma!! Sem barganha! Devemos levar o pão e a água terrena para todos, inclusive para aqueles que reneguem Jesus Cristo! Mas não devemos negligenciar o principal, o pão vivo e a água viva! A Boa Nova do Cristo Redentor!

2 comentários:

Claudia Freitas disse...

Ótimo post! A gente ainda tem muito oq aprender sobre a situação atual do nordeste, a gente cresce com a imagem de seca e miseria em todo o sertão e graças a Deus as coisas estão mudando, sendo assim concordo que a sede é de Jesus e tb concordo que a obra social deve continuar sendo feita!

Antonio Mano disse...

É Clau...
Vários conceitos que eu tinha.. eu percebi que estava equivocado... depois te dou detalhes maior no msn sobre os dias que passei lá.. mas o que mais marcou foi isso ... que apesar de em muitos casos, a falta de grana ser um problema.. em nenhum deles.. a falta de grana é o principal problema.