sábado, 5 de março de 2011

Carnaval 2011

Nas festividades de fim de ano, li uma frase irônica sobre dieta que me pareceu fazer muito sentido: "Não se preocupe com o que você come entre o Natal e o Ano Novo, se preocupe com o que você come entre o Ano Novo e o Natal!"
Hoje, dia 05 de março de 2011, sábado de carnaval, estou com um pensamento parecido, mediante as inúmeras manifestações contrárias à celebração do Carnaval.

Entendam, não tenho nada a dizer que defenda ou corrobore para a celebração dessa festa popular como ela é hoje. Como cristão, não posso considerar positivo minutos de alegria em troca do aumento de algumas mazelas da sociedade, tais como: acidentes nas estradas, facilitação sexual, DST's, gravidez precoce, abortos, crimes e violência que ocorrem nesse período motivados por drogas e bebedeiras.

Contudo, não me sinto icentivado a militar contra o Carnaval, uma vez que são apenas 4 dias de festas contra 361 dias que temos não só para anunciarmos as boas novas do Cristo Jesus, como também, edificar a fé dos salvos, e manifestarmos o reino do Pai em amor e caridade aos que precisarem.

Penso que se utilizássemos esses 361 dias do ano com a mesma viceralidade que as vezes temos em relação ao Carnaval, as quartas-feiras de cinzas se tornariam a cada ano mais sóbrias e limpas, naturalmente.

Contudo, em momento algum desse pequeno texto, pretendo minimizar a importância dos retiros para os jovens , dos trabalhos de evangelismos, da pregação combativa e até, mais recentemente, dos blocos de carnaval gospel's que ocorrem nesse período.

Quero apenas compartilhar a impressão de que as vezes somos apenas combatentes, e não somos o que deveríamos ser no dia-a-dia: agentes da manifestação do Reino de Deus na terra. Em oração, em pregação, em ensino, em caridade, em cura, em acolhida, enfim, em amor.

Outro dia, me manifestei no facebook sobre o incêndio nos galpões de algumas escolas de samba do Rio de Janeiro e fui mal interpretado por dizer que, como cristão, não via prazer nenhum nas imagens dos galpões incendiados transmitidas por todas as emissoras nacionais. Como cristão, não posso ter prazer na destruição de forma alguma. Como cidadão, menos prazer ainda, por suspeitar que o dinheiro utilizado para a reconstrução dos galpões virá dos cofres públicos, ou seja, da população.

Deixo abaixo, o video da jornalista paraibana Rachel Sheherazade, manifestando sua opnião sobre essa festa tão esperada pelo sofrido trabalhador brasileiro, que ainda prefere esquecer de seus problemas ao invés de encara-los de frente.

4 comentários:

Lívia disse...

Concordo com o texto.. só não concordo em dizer que são apenas 4 dias de festa ... na verdade são 5 dias de festa ... e eu gostaria muito de que o natal fosse comemorado em 5 dias de festa...
5 dias são muitos e não apenas!
MAs infelizmente parece que o carnaval vem desfazer o natal.
Se no natal o objetivo da festa é estar com a familia, alegria, confraternização...
No Carnaval apesar da "alegria" e da "confraternização" não é uma festa digamos FAMILIA né ... é isso meso o melo do carnaval até cabe aqui .. foge.. foge mulher maravilha rsrsrs

Claudia Freitas disse...

Olha, gostei do texto mas odeio aquele vídeo da repórter.
Nego que fica de mimimi por causa de 4 dias de festa dando explicação da tradição, de onde veio e o ecambau é pior que crente q não aceita arvore de Natal e fica enchendo o saco de quem gosta.

As pessoas querem mais é festejar e a prova disso é q qualquer feriadinho já vira motivos pra viagem, churrasco e bebedeira. E sobre a realidade dos trabalhadores eles já a vivem durante 361 dias, não?

Claudia Freitas disse...

http://vidaordinaria.com/2011/03/sabe-quem-ta-feliz-hoje/

Aqui o cara respondeu tudo o que eu gostaria mas talvez por não conseguir me expressar muito bem com palavras eu não conseguia colocar pra fora rs

Antonio Mano disse...

Eu li o texto do cara do "Vida Ordinária".
Olha, é curioso, mas quando o nível do debate sobe, (pelo que entendi, o "Vida Ordinária" só subiu pelos inúmeros comentários) todo mundo é acrescentado.
Confesso que desde quando postei o video, percebi algumas falhas, exageros e até apelações como o "Vida Ordinária" pontuou, mas pela boa oratória (entenda-se: boa lógica de pensamento, uma boa exposição de idéias) achei por bem postar um video adverso ao carnaval junto com o meu texto.
Contudo, o "Vida Ordinária" também comete deslizes muito simplórios, com contra-argumentos tão rasos quanto os argumentos da jornalista.
Não vou pontua-los aqui, justamente, pelo que escrevi no post: Não sou a favor do combate. Uma vez que entendo, assim como o "Vida Ordinária", que grandes partes dos problemas ocorridos no carnaval, decorrem de uma má política pública de saúde, segurança e educação no Brasil.
Claro, também da falta de espiritualidade (Mas aí já é outro post!).